Itatiba faz ação conjunta com municípios da região para identificar casos de leishmaniose canina
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Itatiba faz ação conjunta com municípios da região para identificar casos de leishmaniose canina
CCZE promove ação com 40 profissionais para combate e prevenção à doença, que pode atingir humanos
Um grande ação de saúde liderada pelo Centro de Controle de Zoonoses e Endemias (CCZE) de Itatiba foi realizada ao longo desta quinta-feira (29/06) para identificar casos de leishmaniose visceral canina nos bairros Caminhos do Sol, Recanto dos Pássaros e Nova Esperança. Os locais têm muitos sítios e chácaras e já registram ocorrências anteriores.
Promovida pela Prefeitura de Itatiba por meio da Secretaria de Saúde, a ação envolveu nove equipes com 40 profissionais de Itatiba, Jundiaí, Vinhedo, Cajamar, Louveira, Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista. Coube a eles fazer a coleta de sangue de 230 cães previamente mapeados num censo animal realizado pelo CCZE de Itatiba. O Instituto Adolfo Lutz, que realiza os testes, também integrou a força-tarefa enviando dois profissionais.
Também de forma prévia foi feita ao longo deste mês de junho pelo CCZE a conscientização dos tutores de cães moradores desses bairros – para falar sobre a leishmaniose visceral canina e importância de permitirem que a coleta de sangue fosse feita em seus cães.
De acordo com a médica veterinária do CCZE Itatiba, Isabela Buckov, há casos do avanço da doença em municípios vizinhos, por isso é necessário fazer esse cerco para identificar possíveis focos na cidade, para combate e cuidado com os animais. A força-tarefa foi realizada em parceria com cidades vizinhas para evitar o espalhamento da doença.
“A integração entre os municípios vizinhos é de suma importância para o desenvolvimento de ações no combate às zoonoses, que extrapolam fronteiras, a exemplo da Leishmaniose que está caminhando do oeste paulista até a nossa região. Como já tivemos casos caninos e já encontramos o mosquito palha em Itatiba, é importante agora fazer esse levantamento pra ver se há mais cães positivos. O cão age como um reservatório da doença, por isso devemos detectá-lo e o tutor iniciar o tratamento. Ações de educação em saúde também foram feitas hoje. O uso de coleira repelente do mosquito ajuda no controle, assim como a limpeza dos quintais e remoção de toda matéria orgânica em decomposição, onde o mosquito se desenvolve”, explica a médica veterinária Isabela.
A doença
A Leishmaniose Visceral é uma doença grave, pode ser letal, causada pelo protozoário Leishmania chagasi, que é transmitido através da picada do mosquito palha (Lutzomyia longipalpis), que pode atingir pessoas e animais, principalmente o cão. A doença não é transmitida diretamente para humanos, mas pode haver contaminação se o mosquito picar um cão doente e uma pessoa em sequência.
Crédito: Divulgação-Saúde/PMI