Curta metragem “PRETOS – A PELE QUE EU HABITO” já tem data pré-agendada para grande estreia
O Curta Metragem, Pretos – A Pele Que Eu Habito tem estreia pré-agendada para o dia 19 de maio deste ano. O Avant Première, que será só pra convidados, acontece no cinema Cineplex de Itatiba, às 10h30. A festa do lançamento do filme está sendo aguardada com ansiedade pela equipe de produção, atores e demais colaboradores.
O filme, Pretos – A Pele Que Eu Habito é um docudrama, apresentando fatos reais da vida da protagonista Ivone Damaris Antunes, a autora intelectual da obra, que ainda devido as suas raízes indígenas tem o nome de Inaiê.
O filme tem roteiro da cineasta e tem direção de Flávio Patutta. Originalmente a ideia era a de se fazer um documentário abrindo espaço para as falas pretas da cidade, principalmente das lideranças afro-brasileiras, contudo, no decorrer das filmagens muitas das pessoas convidadas, mostraram-se comprometidas e ocupadas com outros projetos fomentado pela mesma Lei da Paulo Gustavo. Diante disto, a história teve que ser reescrita sobre um outro viés, optamos por um ponto de vista mais pessoal e intimista, que deu uma cara nova ao filme, e trouxe uma carga dramática maior. Um dos fatos marcantes da vida da nossa protagonista é que ela teve que lutar muito e sofreu muita violência por parte de seus pais, porque ela gostava de ler e escrever.
Sim, a história é verdadeira em quase toda a sua totalidade. Embora o filme seja um drama decidimos dar um final feliz a narrativa; nós adoramos dramas, mas gostamos mais ainda de finais felizes e assim ele foi planejado para emocionar e também reconfortar.
O filme traz uma mostra da infância difícil da protagonista, fala de abusos físicos, religioso e intelectual sofridos pela mesma. O curta foi escrito com foco em que, podemos superar todo de mal que nos fizeram e transformar esse sentimento ruim, usando-o como ferramenta de superação para criar algo bom, para reconstruir nossa vida e tornar o mundo um lugar melhor.
Pretos A Pele Que Eu Habito, vem com uma linguagem poética e mais sensível, mostrando a jornada de uma mulher de meia idade que está se redescobrindo, recomeçando, aprendendo e conhecendo novos olhares sobre uma sociedade ainda tão racista.
O filme é também um experimento social que, captura essas falas autênticas de pessoas reais, trazendo a história de como a vida delas é, sendo pessoas pretas, e deixando claro que o preconceito existe em maior ou menor grau, de forma mais sutil ou cruel e que vem de distintos lugares, maiormente de dentro do próprio núcleo familiar e do convívio social.
Pelo cunho social do projeto decidimos dar espaço as pessoas da cidade para que pudessem participar deste filme, que foi realizado de forma autêntica; os atores não tiveram ensaio ou preparação de elenco para fazer as cenas, tudo foi feito na raça, no improviso e todos surpreenderam.
Toda esta construção foi desgastante e ao mesmo tempo reconfortante, tivemos que lidar com inúmeras variáveis no decorrer desta produção, meus parabéns vai para os atores que, embora fossem amadores e sem experiência, atuaram com uma garra de atores formados.
O maior prazer foi ver como as crianças curtiram participar tanto do filme quanto do ensaio fotográfico, para a exposição que faz parte do filme, que recebeu o título de “Brasis”; ver os olhinhos das crianças brilhando de alegria não tem reconhecimento maior que isso. A protagonista no filme está nessa jornada de conhecimento e de aprimoramento, onde ela interage com outras pessoas e tira grandes lições.
O filme termina trazendo mensagens de perdão, de transformação e de reflexão, mostrando acima de tudo que, nunca é tarde para recomeçar, mudar os caminhos e reescrever sua própria história, sem deixar de lado o respeito pelas diferenças do outro.