O Núcleo de Especialidades realiza até o dia 27 de outubro a “V ExpoFono – Recontando Histórias”, exposição de desenhos e textos produzidos por crianças atendidas pela Clínica de Fonoaudiologia. Os trabalhos são de crianças com idade superior a quatro anos e que estão com alterações no processo de desenvolvimento de linguagem e aprendizagem. A mostra, que teve início na segunda-feira (16), é aberta ao público e tem como objetivo estimular os pacientes no processo terapêutico realizado pelos profissionais do setor.

“Eu achei a exposição super legal, um trabalho muito bem realizado, pois contribui para a gente acompanhar o tratamento. O meu filho evoluiu muito desde quando começou a tratar aqui com a fonoaudióloga; ele não produzia diálogos, não conseguia falar e agora já consegue formar frases. A gente fica muito feliz com essa evolução e é isso, quero deixar aqui o meu muito obrigado por todo esse trabalho realizado”, comemora a mãe do paciente Allan Sampaio Martins (5 anos), Daiane Fernanda Sampaio Martins.

Opinião também compartilhada pela mãe dos meninos José dos Santos (6 anos) e Rafael José dos Santos (4 anos), Márcia Alves dos Santos. “A exposição ficou um show, ficou maravilhosa; as crianças adoraram, ficou muito lindo mesmo, estão de parabéns”, acrescenta Márcia.

A enfermeira Valeska Dalanezi explica que um dos recursos empregados na terapia é o uso de livros, o que estimula os sentidos, favorece o aprendizado e ajuda a restabelecer a saúde vocal. “No atendimento fonoaudiólogo utilizamos como um dos recursos terapêuticos os livros, com foco na interação dos pacientes, por meio de narrativas, leituras e recontagem de histórias. Com isso conseguimos estimular a imaginação, o desenvolvimento da aprendizagem, leitura e escrita, organização do discurso, da memória auditiva, compreensão e interpretação, aumento do vocabulário, entre outros”, descreve Valeska.

Para produzir a mostra, os profissionais do setor utilizaram livros selecionados pelas terapeutas, no acervo da Biblioteca Municipal de Americana, entre eles, “O Caracol”, de Mary França; “O macaco bombeiro”, de Ruth Rocha e “UUUUUU Um barulho estranho”, de Liliana Lacocca. Depois de expostos no Núcleo de Especialidades, os trabalhos serão encaminhados à Biblioteca Municipal.

Em relação às crianças não alfabetizadas a leitura foi realizada pela terapeuta do Núcleo, e no caso das crianças alfabetizadas a leitura foi compartilhada. A partir daí houve a intervenção terapêutica: interpretação e discussão da história, recontagem oral e realização das produções escritas e ilustrações.

“Esta exposição é um misto de tratamento e arte, em que os profissionais da Clínica de Fonoaudiologia trabalham com desenho e literatura, como instrumentos para enriquecer o processo terapêutico. Além disso, a mostra acaba promovendo maior interação entre pacientes, familiares e funcionários”, conclui o secretário de Saúde, Danilo Carvalho Oliveira.

Texto: Amauri de Souza (MTB – 27493)