SUPERAÇÃO

A criatividade da Artesã Morungabense Maria Sileide Mora

Sabe aquele tipo de mulher que parece uma pilha de alta potência….

É dela que vamos falar hoje

Como toda mulher, filha, mãe, avó e bisavó, Sileide teve uma trajetória de vida com momentos de felicidade e fúria, devido as obrigações dos afazeres domésticos.
Seu primeiro casamento foi quando ela tinha 14 anos, e desta união nasceram os filhos: Vanderson Rodrigo Ramalho e Antonio Carlos Ramalho.
Mesmo com jornada triplicada pelo nascimento dos filhos, Sileide deu sua primeira virada na vida. Se separou e voltou para o mercado de trabalho, mesmo com um filho de 3 e outro de 5 anos.
Ela com medo de ter outro casamento e achando que todos eram iguais, não queria mais namorar.
Mas o destino colocou-a de com José Carlos Frare, e a química e amor foi tão verdadeira que logo eles estavam morando juntos no Parque das Estâncias.
Infelizmente este despertar para uma vida onde é possível ser feliz, sem ser a empregada durou pouco e em 2017 José Carlos Frare seguiu para os braços de Deus.
Sileide, entrou em depressão, não queria sair da cama, não se alimentava verbalizava aos filhos que ela queria estar no caixão com ele.
Os filhos preocupados se uniram e em menos de 20 dias tiraram a mãe da cama
Sabendo que ela gostava de colar algo que não fazia sentido e só após a obra ela havia transformado caixas de leites em vasos indianos, os meninos começaram a levar todo os matérias encontrados em descartes.

O mais velho lhe deu as ferramentas e a ensinou usa-la, enquanto o mais novo, por trabalhar com moto, onde passava e via uma porta, um guarda-roupa, um sofá, galões de agua, estrado de cama, já era anotado, após o expediente voltava com o irmão mais velho para recolher.
E assim Sileide começou a fazer as caminhas, beliches que são perfeitas para bonecas e pet´s .

Uma das coisas que mais me chamou a atenção, foi uma casa de madeira, igual a casa sede que existia em Poços de Calda no Jardim Japonês, e quando perguntei se a inspiração veio de lá, Sileide desconhecia o fato de ter visto a casa antes.

A maioria das criações lembram retratam peças barroca, alemã, japonesa, árabe e até mesmo uma volta as origens rurais e detalhes de paisagem que só mão brilhantes são capazes de realizar.

Em um canto da loja avistei uma máquina de costura de ferro datada de meados de 1790 e o ferro de passar roupas de 1882, que ela restaurou.

O passeio te leva para ferramentas com pinturas, Telhas de barro, com pinturas e detalhes, Garrafa que sobreviveu ao naufrágio, com a cartilha dentro, quadros, porta tempero diferenciado, baús com decorações Wiccanas e persa, tambores de ferro que eram usados para colocar leite, agora viraram artigo para decoração, um estabulo de cavalos com tudo que tem direito, nem o feno ela esqueceu de colocar e por último ela me mostrou um porta-joias de caixa de fósforo.

Questionada se ela já tinha essas habilidades no período da escola, ela confessou que não, e que este desabrochar para a criatividade começou depois que os filhos a tiraram da depressão.

Então que fique registrado a todos que estão lendo esta matéria agora. Vale a pena, parar, reffletir, e recomeçar com algo que te deixa feliz.

Para realizar encomendas, restaurações com a Sileide, o telefone é 11-97434-0783

As peças desta incrível artesã ficam expostas na Praça Pedro de Carmo Neto mais conhecida como  Praça do Artesanato de Morungaba, que funciona aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 17h.

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